PIB DA CONSTRUÇÃO EM 2009
CLIPPING IMOBILIÁRIO
Tema: PIB Construção Civil
Fontes: Infomoney, IG, Estadão, OGlobo, G1, Terra, UOL, JB On Line, PiniWeb
Período: 11/março/2010
PIB DA CONSTRUÇÃO CIVIL TEM BAIXA EM 2009, MAS EXPECTATIVAS PARA 2010 SÃO POSITIVAS.
A empresa Beck Gestão Empresarial Ltda, especializada em mercado imobiliário, selecionou 10 (dez) reportagens publicadas no dia 11/03/2010 que abordaram o resultado do PIB da construção civil referente ao ano 2009. Para facilitar a sua leitura, elaboramos um resumo:
1. PIB Construção Civil em 2008 avançou 8,2%;
2. PIB Construção Civil 2009 retrocedeu -6,3% (3,143 trilhões), a primeira queda anual em 17 anos, desde 1992;
3. Segundo especialistas, haveria uma distorção no cálculo do PIB da Construção civil. O IBGE não considera o valor agregado pelas construtoras, levando em conta somente as compras de material feitas. Em 2009, as compras diminuíram por causa da crise, mas muitas construtoras utilizaram o estoque. Antes da crise, a atividade do setor estava aquecida e as construtoras mantinham estoques de material de construção por temerem desabastecimento de matéria-prima.
4. Em 2009, a construção foi responsável por 18% dos empregos formais gerados no país, segundo dados do Ministério do Trabalho. De janeiro a dezembro, foram empregados 177.185 trabalhadores nos canteiros de obras, 9% mais que no ano anterior, bem mais que o crescimento médio do mercado de trabalho no período de 3%. Em 2010, a expectativa da Cbic é que o crescimento do emprego no setor chegue a 8%.
5. A retração da construção civil ficou acima do PIB nacional, que recuou 0,2% no ano passado.
6. Se considerarmos a média mundial, o desempenho de -0,2% é muito melhor. Apesar da queda, o desempenho foi o quarto melhor entre os 20 países da América e da Europa que já anunciaram os números de suas economias no ano passado. Observe gráfico dos PIB pelo mundo no clipping da reportagem 08, abaixo.
7. Expectativas positivas para o PIB Construção Civil em 2010. Para CBIC será de 9%;
8. Expectativa de investimentos no setor para 2010 seria R$ 202 bilhões, um incremento de 19% do ano anterior que foi R$ 170.
9. Mantega projeta crescimento nacional de 5,7% para 2010.
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REPORTAGENS DO CLIPPING IMOBILIÁRIO
( 1 de 10 ) PIB da construção civil deve ter alta de 9% em 2010, diz CBIC
http://dinheiro.br.msn.com/mercado/artigo.aspx?page=0&cp-documentid=23600104
Por InfoMoney
SÃO PAULO – A indústria da Construção Civil prevê crescimento de 9% no PIB (Produto Interno Bruto) do setor para 2010, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
O otimismo do setor é impulsionado principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida e pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, que aumentarão a demanda para a construção civil.
De acordo com a CBIC, o setor é estratégico para País assegurar um crescimento sustentável em longo prazo, já que os investimentos na cadeia produtiva da construção têm impacto na geração de empregos e renda.
Revisão da metodologia do PIB
Em relação aos dados que serão divulgados na próxima quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Política), relativos ao PIB do último trimestre de 2009, a CBIC afirmou que serão muito ruins para o setor.
O IBGE deve ser anunciar uma retração de 3% a 4% em 2009, enquanto a expectativa da entidade era de alta de 2%. Segundo a CBIC, o IBGE não considera o valor agregado pelas construtoras no cálculo do PIB, levando em conta somente as compras de material feitas. Em 2009, as compras diminuíram por causa da crise, mas muitas construtoras utilizaram o estoque que já tinham. A entidade informou ainda que já sugeriu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma revisão da metodologia utilizada pelo IBGE.
( 2 de 10 ) PIB da construção civil cai 6,3% em 2009, mas setor questiona resultado
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/03/11/pib+da+construcao+civil+cai+63+em+2009+mas+setor+questiona+resultado+9424400.html
Marina Gazzoni, iG São Paulo
A atividade da construção civil encolheu 6,3% no ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração sucede um momento de prosperidade no setor, que cresceu 8,2% em 2008. Os empresários da construção civil esperavam um resultado negativo no PIB do setor divulgado pelo IBGE, mas argumentam que os dados foram distorcidos pelo excesso de estoques de material de construção nas construtoras no início do ano e que não refletem o desempenho do setor em 2009. A retração da construção civil ficou acima do PIB nacional, que recuou 0,2% no ano passado.
O sindicato afirma que o cálculo do IBGE não reflete o resultado da construção civil em 2009. Para o SindusCon-SP, o PIB do setor cresceu 1% no ano passado.
O IBGE mede o nível de atividade do setor com base no consumo de material de construção, que sofreu uma redução em 2009. As construtoras iniciaram o ano passado com níveis elevados de estoques de matéria-prima e reduziram as encomendas com o agravamento da crise econômica no Brasil, afirma o SindusCon-SP. Antes da crise, a atividade do setor estava aquecida e as construtoras mantinham estoques de material de construção por temerem desabastecimento de matéria-prima.
Para 2010, o sindicato espera uma expansão de 8,8% na atividade da construção civil. A retomada dos lançamentos imobiliários, impulsionada pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, deve favorecer esse crescimento. O volume de lançamentos na cidade de São Paulo, que caiu 12,8% em 2009, deve aumentar 10% neste ano, segundo projeções do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). As obras de infraestrutura também devem contribuir para a expansão da atividade na construção civil.
( 3 de 10 ) PIB do Brasil fecha 2009 com retração de 0,2%, a primeira queda anual em 17 anos.
http://economia.estadao.com.br/noticias/,pib-tem-retracao-de-0-2-em-2009,not_8580.htm
Adriana Chiarini e Jacqueline Farid, da Agência Estado
No 4º trimestre, a economia mostrou recuperação, com alta de 2% ante o 3º trimestre e de 4,3% ante 2008
RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve retração de 0,2% em 2009, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 11. Trata-se do primeiro resultado negativo da atividade econômica brasileira desde 1992. Naquele ano, o do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o PIB ficou negativo em 0,5%. Já no quarto trimestre de 2009, o PIB registrou aumento de 2,0% ante o terceiro trimestre do mesmo ano e variação positiva de 4,3% ante igual trimestre de 2008. Todos os números ficaram dentro das estimativas dos analistas. (Ao final do texto, leia a explicação sobre o que é o PIB.)
( 4 de 10 ) Cbic questiona queda do PIB da construção civil anunciado pelo IBGE
Vivian Oswald
BRASÍLIA - A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) não concorda com os números divulgados pelo IBGE para o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento da construção civil. Os dados apontam queda de 6,3% para o setor no ano passado. Mas a entidade garante que o resultado não condiz com a realidade vivenciada pelo setor e defende reavaliação da metodologia utilizada pelo órgão. "Afinal, em um ano em que o setor reuniu uma série de dados positivos, como a expansão do emprego e do crédito imobiliário e a estabilidade da venda de cimento, não pode ser registrada uma queda tão acentuada na produção", diz em nota. E acrescenta: "A CBIC concorda que houve uma desaceleração em relação aos anos anteriores em função da crise econômica, mas aposta em um número positivo, diferente do que registrou o IBGE. Em 2008, o PIB da construção cresceu 8,2%. De acordo com estimativas elaboradas pela FGV Projetos, a expansão setorial em 2009 foi de 1%".
De acordo com a Cbic, a metodologia para o cálculo do PIB (valor adicionado) trimestral do setor é realizada com base na produção de materiais de construção, que, "não por coincidência, apresentou os mesmos 6,3% de queda (segundo a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE)". A explicação estaria no fato de, quando a crise econômica chegou ao comércio, as construtoras, de uma forma geral, terem estoques elevados, uma vez que o mercado vinha em fase de expansão. " As indústrias seguraram a fabricação dos insumos, mas o mercado da construção permaneceu aquecido, o que não foi refletido nos cálculos do IBGE" .
Em 2009, a construção foi responsável por 18% dos empregos formais gerados no país, segundo dados do Ministério do Trabalho. De janeiro a dezembro, foram empregados 177.185 trabalhadores nos canteiros de obras, 9% mais que no ano anterior, bem mais que o crescimento médio do mercado de trabalho no período de 3%. Em 2010, a expectativa da Cbic é que o crescimento do emprego no setor chegue a 8%.
( 5 de 10 ) Setor privado confirma otimismo com 2010 após PIB, mas teme juro
Por Vivian Pereira e Cesar Bianconi
SÃO PAULO (Reuters) - A leve retração da economia brasileira em 2009 e o crescimento no quarto trimestre, em um ano de crise global, validou a crença da iniciativa privada de que 2010 será promissor. Parte da indústria, no entanto, teme que um aumento do juro atrapalhe a trajetória dos investimentos.
"Se considerarmos a média mundial, estamos com um desempenho muito melhor", disse o presidente da associação que representa os shopping centers no país, Abrasce, Luiz Fernando Veiga.
O PIB da construção civil, responsável por cerca de um quinto da economia, deverá apresentar expansão de pelo menos 10 por cento este ano, acredita o presidente da associação que representa os comerciantes de material de construção, Anamaco, Cláudio Conz. "A perspectiva geral é positiva e vale dizer que a construção civil é o setor de maior efeito multiplicador da economia", afirmou Conz, para quem a expansão do PIB brasileiro ficará entre 5 e 6 por cento no ano.
O presidente da entidade que reúne a indústria de materiais de construção, Abramat, Melvyn Fox, lembra que o setor de construção civil foi um dos que mais sofreu em 2009 com a queda da atividade.
A economia brasileira recuou 0,2 por cento no ano passado, segundo dados divulgados na manhã desta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
JURO EM DEBATE
Algumas das principais dúvidas, contudo, giram em torno da política monetária.
O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, disse que o avanço da economia no último trimestre reforça a expectativa de que o juro subirá já na semana que vem, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a taxa Selic. "Mas o aumento de juro não será suficiente para conter investimentos em 2010", ressaltou Sardenberg.
Para o presidente da Associação da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, o aumento do juro inibiria o atual clima de otimismo entre empresários, o que poderia provocar o adiamento de planos de investimento.
"O Meirelles não poderia nem iria sinalizar nada no sentido de se o juro vai baixar ou subir", relatou Skaf após conversa por telefone com o presidente do BC.
"Se o juro subir, haverá um travamento dos investimentos e do emprego... Seria uma irresponsabilidade. O BC precisa parar de ter receio da demanda", acrescentou Skaf.
( 6 de 10 ) Construção civil defende revisão na metodologia do PIB.
Azelma Rodrigues | Valor). Do Valor OnLine
BRASÍLIA - O setor da construção civil deve crescer cerca de 9% em 2010, ante 8,1% em 2008 e depois de uma variação negativa esperada para 2009. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, defende uma revisão na metodologia do PIB, " para captação da expansão correta do setor " .
Simão disse que, na metodologia atual, o IBGE foca apenas a produção de materiais, e não o valor que se agrega à construção de imóveis, como a mão de obra, por exemplo.
No caso dos números de 2009, a crise internacional obrigou muitas empresas a esgotar os insumos que tinham em estoque. E a falta de aumento nessa variável levaria o IBGE a divulgar um número negativo, segundo a Cbic. Simão disse que o ministro Mantega autorizou negociações do setor com o IBGE.
O presidente da Cbic falou ainda sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 que o governo Lula deve lançar até o fim do mês. Um dos destaques do PAC 2 é a expansão do programa habitacional de baixa renda, " Minha Casa, Minha vida " .
( 7 de 10 ) PIB foi razoável ante perspectiva de ano difícil, diz ministro
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201003111629_RED_78815022
Laryssa Borges. Direto de Brasília
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, minimizou nesta quinta-feira o desempenho negativo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009 e comentou que, diante das perspectivas de retração da economia em boa parte do ano por conta da crise financeira internacional, o resultado para o ano foi "razoável".
"Conversamos com o presidente, falamos com ele que estamos fazendo a projeção oficial de 5,2%, mas tem muita gente que acha que pode ser mais que isso. Não (foi uma decepção para o presidente) porque ele já sabia que ia ser perto disso", afirmou.
Em 2008, o PIB teve alta de 5,14%, beneficiado ainda pelo crescimento anterior à crise financeira global. A soma das riquezas geradas no País no ano passado alcançou R$ 3,14 trilhões. "Com a variação negativa no PIB e o crescimento de 0,99% da população residente, em 2009 houve queda de 1,2% no PIB per capita, que ficou em R$ 16.414", afirmou o IBGE em nota.
Todos os ramos de atividade industrial apresentaram queda em 2009. A maior foi verificada na indústria de transformação (-7%), seguida pela construção civil (6,3%), e pela eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,4%). A extrativa mineral registrou variação de -0,2%, com crescimento de 5,7% na produção de petróleo e gás e queda de 22,3% na extração de minérios ferrosos.
( 8 de 10 ) PIB registra retração de 0,2% em 2009
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=22522&codp=21&codni=3
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,2% em 2009, o primeiro resultado negativo desde 1992, sob o impacto da crise financeira internacional iniciada em setembro de 2008. Apesar da queda, o desempenho foi o quarto melhor entre os 20 países da América e da Europa que já anunciaram os números de suas economias no ano passado. Entre as nações integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o País superou a Rússia. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo economistas, houve forte desempenho da economia no quarto trimestre do ano passado. Isso deve garantir um crescimento (carry over) de pelo menos 2,7% a 3% em 2010 mesmo que a economia fique estagnada.
"O mais provável é que o mercado revise para cima suas projeções para o PIB em 2010", disse o economista da MCM Antonio Madeira, para quem os dados divulgados nesta quinta-feira, também pelo IBGE, sobre as vendas no varejo, mostram que a atividade está muito longe da estagnação. Ao contrário, o ritmo de recuperação nos primeiros meses mostra-se forte e, o que é mais importante, sustentado por fundamentos como mercado de trabalho e renda, e não mais por estímulos fiscais. Ele aposta num carry over de 3% no ano. Já o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, já começa o ano projetando um crescimento de 2,7% para o encerramento do exercício, que também constatou ser esta herança estatística a maior já registrada no País desde a passagem 1994 para 1995, quando o carry over chegou a 6%.
Segundo a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, os investimentos foram os principais responsáveis pela variação negativa do PIB. Ela fez uma abertura dos dados do PIB do ano passado, em termos de contribuições pelo lado da demanda, mostrando que os investimentos e os baixos estoques derrubaram a economia.
Os investimentos, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 9,9% em relação a 2008. A taxa de investimento (FBCF/PIB) total de 2009 ficou em 16,7% ante 18,7% em 2008. A taxa de investimento do ano passado foi a menor desde 2006, quando ficou em 16,4%. A formação bruta de capital fixo é constituída principalmente por máquinas e equipamentos e pela construção civil.
Para a queda de 0,2% do PIB, a demanda interna contribuiu com -0,3 ponto percentual, apesar da contribuição positiva do consumo das famílias (2,4 ponto percentual) e do consumo do governo (0,7 pp). Ainda do lado da demanda interna, a FBCF teve uma contribuição negativa no dado final do PIB de -1,9 pp, enquanto a variação de estoques contribuiu, também negativamente, com -1,6 pp.
O setor externo deu a primeira contribuição positiva para o PIB desde 2005, com 0,1 pp em 2009. Em 2009, as exportações tiveram queda de 10,3% em relação a 2008. Já as importações caíram 11,4%. Segundo Rebeca, as contas abertas do PIB pelas contribuições não fecharam exatamente em - 0,2% porque houve arredondamentos e o objetivo é mostrar as principais influências, em termos da demanda, na composição da taxa.
Redução nos investimentos é a primeira desde 2003
A queda de 9,9% do investimento, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), em 2009, foi a primeira desde 2003 (-4,6%), de acordo com o levantamento do IBGE. A retração da atividade na indústria no ano passado, de 5,5%, foi a primeira desde 2001 (-0,6%). A gerente da pesquisa de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, lembrou que a queda da indústria em 2001 estava relacionada ao racionamento de energia no País, período que também ficou marcado pelo ataque terrorista nos Estados Unidos e pela queda do regime de paridade cambial na Argentina.
Já a diminuição do investimento em 2003 foi influenciada pelos efeitos na economia da grande desconfiança do mercado financeiro sobre o início do governo Lula, como o real desvalorizado e o risco Brasil alto. Em 2009, todos os grupos da indústria tiveram queda no acumulado do ano em relação a 2008, devido à crise internacional. A indústria de transformação, que não tinha queda desde 1999, caiu 7,0% em todo o ano passado, a maior entre os subsetores no PIB. A indústria extrativa caiu -0,2%, apesar do crescimento de 5,7% na extração de petróleo e gás, impactada pela queda de 22,3% na atividade extrativa de minério de ferro. Os serviços industriais de utilidade pública, como eletricidade, gás e água, caíram 2,4% e a construção civil caiu 6,3%. Os maiores crescimentos foram dos setores de eletrodomésticos, produtos farmacêuticos, perfumaria, higiene e limpeza.
Consumo das famílias aumentou pelo sexto ano consecutivo
O consumo das famílias brasileiras aumentou 4,1% no ano passado em comparação com 2008. No quarto trimestre, o crescimento foi de 7,7%. É o que mostram os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho da economia do País em 2009.
Segundo a economista responsável pela pesquisa, Rebeca Palis, foi o sexto aumento anual da série, embora a expansão do consumo tenha sido a mais baixa dos últimos seis anos por causa da crise financeira internacional, que ainda teve reflexos no ano passado.
"Ainda assim, o crescimento da massa salarial (3,3%), a expansão do mercado de trabalho, as medidas do governo para incentivar o consumo e a ampliação do crédito para pessoa física ajudaram o crescimento a voltar a patamares similares de antes da crise mundial", afirmou Rebeca.
A economista lembrou que o consumo das famílias têm peso de mais de 60% no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no País). O item gastos do governo também continuou crescendo em 2009 e chegou a 3,7%, em comparação com o resultado do ano anterior, e a 4,9% no último trimestre do ano passado em relação ao mesmo período de 2008.
Para o sócio-diretor do instituto de pesquisas Data Popular, Renato Meirelles, os dados sobre o consumo das famílias demonstram a importância da classe média e da base da pirâmide da população brasileira. "Isso demonstra a força que as classes C, D e E tem dentro da economia do País, já que são elas as responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada."
No quarto trimestre, o consumo familiar registrou aumento de 1,9%. Já na relação 2008/2009 a evolução foi de 4,1%. "E foi exatamente esse fator que segurou uma queda mais acentuada do PIB", destacou, referindo-se aos gastos das famílias com produtos e serviços.
Segundo ele, a análise dos hábitos de consumo do brasileiro permite afirmar que a demanda interna continuará aquecida a ponto de continuar sendo decisiva para os principais indicadores econômicos.
Guido Mantega projeta crescimento acima de 5,7% em 2010
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê um crescimento do PIB acima de 5,7% em 2010. Segundo ele, se nada mais ocorresse na economia, a expansão já seria de 2,7%, por causa do efeito carregamento de 2009 (carry over). Ele considerou que, embora negativo, o resultado do PIB em 2009 foi "razoável" porque o mundo viveu a maior crise do capitalismo nos últimos anos.
Mantega destacou que a indústria e os investimentos puxaram a expansão do PIB no quarto trimestre do ano passado. Para ele, a indústria ainda tem capacidade ociosa e pode crescer 7% ou 8% neste ano tranquilamente. "Insisto que o crescimento brasileiro é sustentável", disse.
O ministro destacou o desempenho melhor do Brasil em relação à maioria dos países. Segundo ele, os dados do quarto trimestre anualizados só não foram melhores que os da China, Rússia, Indonésia e México dentre os países que compõem o G-20. Mantega afirmou que o resultado do PIB no último trimestre mostra que o País fechou o ano passado com "chave de ouro", em termos de crescimento econômico. No quarto trimestre, o PIB cresceu 2%, ante o terceiro trimestre, o que em termos anualizados representa alta de 8,4%.
Ele lembrou que a queda de 0,2% do PIB no ano passado é a média do desempenho do primeiro semestre com o segundo semestre. Apesar do recuo da economia no ano passado, Mantega considerou "bom" o desempenho do ano, em comparação com o de outros países.
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, avalia que os números indicam um crescimento vigoroso no Brasil. "Os dados de contas nacionais divulgados pelo IBGE confirmam que, após breve processo recessivo, a economia brasileira entrou em fase de expansão vigorosa, com aceleração na margem." Para Meirelles, o desempenho evidencia "a retomada da confiança nas perspectivas de nossa economia".
Economia aumenta ao ritmo de 4,5% ao ano, diz Coutinho
O presidente do Bndes, Luciano Coutinho, ao comentar o resultado do PIB, preferiu concentrar sua análise na recuperação mostrada no quarto trimestre e não no fraco resultado do ano de 2009. Mesmo assim, foi bastante comedido na avaliação da retomada econômica.
"Tudo indica que a economia brasileira não está ainda crescendo de maneira tão acelerada, como o mercado fica imaginando. Em 2010, teremos um crescimento bastante bom. Mas há uma certa precipitação em imaginar que a economia já estaria crescendo a taxa de 6%. Na verdade, a economia está crescendo a 4,5% ao ano, o que é um ritmo moderado e saudável, porque é puxado principalmente pelo investimento, pela FBCF", afirmou. O economista, um dos idealizadores da política industrial do governo, reconheceu os fortes impactos do retrocesso global sobre a evolução econômica doméstica, mas disse que, agora, o que importa, é o "resultado na margem", na comparação trimestral.
Dieese prevê retomada dos investimentos
O diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, prevê para este ano uma retomada dos investimentos no País. Ele destacou que o equilíbrio macroeconômico se dá "quando ocorre a retomada do investimento na frente do consumo".
Lúcio disse que o crescimento de 7,7% do consumo no ano passado deverá ter continuidade este ano. "O Brasil foi recolocado como um mercado de consumo de massa. A tendência é que neste ano tenhamos um crescimento econômico de 5% e a geração de 2 milhões de empregos com carteira assinada. Com o incremento do emprego deve aumentar o consumo", afirmou o economista.
Para ele, os dados do PIB são positivos e refletem um crescimento econômico continuado, que foi interrompido em 2008, com a crise financeira mundial. "O Brasil diminuiu sua atividade econômica, mas foi menor do que aconteceu em outros países", disse ele, referindo-se à queda de 0,2% do PIB.
( 9 de 10 ) PIB reforça recuperação do Brasil
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/03/11/e110314598.asp
Carolina Eloy, Jornal do Brasil
RIO - A recuperação do mercado interno permitiu que a economia brasileira encerrasse 2009 com o quarto melhor desempenho entre 18 países pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da retração de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, houve retomada da economia no quarto trimestre, quando o resultado expandiu 2%, devido aos incentivos fiscais do governo para o consumo.
Com base em informações oficiais do PIB de 18 países, o Brasil ficou em quarta posição, atrás apenas da China, com crescimento de 8,7% da economia em 2009, Índia (6,1%) e Peru (0,9%).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que “o país fechou 2009 com chave de ouro”, já que passou pela maior crise do capitalismo desde a quebra da Bolsa de Nova York em 1929. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou a retomada da confiança nas perspectivas da economia brasileira.
Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 3,143 trilhões em 2009. A retração de 0,2% foi o pior resultado da série histórica iniciada em 1996 e o primeiro negativo desde 1992, período de hiperinflação. O resultado ficou dentro da expectativa do mercado. Para este ano, a projeção é de crescimento de 5% a 6%.
Meirelles diz que crescimento é “vigoroso”
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que o resultado do PIB divulgado quinta-feira mostra que a atividade econômica registra crescimento vigoroso no Brasil. “Após breve processo recessivo, a economia brasileira entrou em fase de expansão vigorosa, com aceleração na margem. O desempenho evidencia a retomada da confiança nas perspectivas de nossa economia”, avaliou Meirelles, em nota enviada à imprensa.
Meirelles destacou o crescimento da indústria no quarto trimestre de 2009, que avançou 4% no quatro trimestre, e o investimento – a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que aumentou 6,6% no mesmo período.
Já na avaliação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, a economia brasileira ainda não está crescendo de forma acelerada, apesar da recuperação vista no final do ano passado. Segundo ele, o dado é positivo, pois afasta a ameaça inflacionária.
– Eu imagino que, neste primeiro trimestre de 2010, a taxa do Brasil esteja próxima a 4,5% e, portanto, ainda uma taxa de crescimento relativamente moderada, que permite uma certa segurança para crescer e especialmente o crescimento continuar sendo liderado pelos investimentos – disse Coutinho – Isso permite controlar o hiato do produto.
Coutinho também destacou a formação bruta de capital fixo no quarto trimestre em relação ao terceiro, mas para, ele, o percentual ficou abaixo do esperado. “Em 2010 teremos crescimento bastante bom, mas é preciso cautela antes de concluir e dizer que vai crescer 6%”, acrescentou.
Mantega projeta crescimento nacional de 5,7% este ano
A economia brasileira deve crescer 5,7% este ano, segundo previsão feita quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse que mesmo que nada ocorresse na economia, o crescimento do PIB já seria de 2,7% por causa do efeito carregamento de 2009. Mantega destaca que a economia está em recuperação e a indústria do país ainda tem capacidade ociosa para expandir muito em 2010, podendo atingir 8% de crescimento.
( 10 de 10 ) PIB da construção civil caiu 6,3% em 2009
http://www.piniweb.com.br/construcao/carreira-exercicio-profissional-entidades/pib-da-construcao-civil-caiu-63-em-2009-163995-1.asp
O PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil caiu 6,3% em 2009, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 11 de março, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A retração do setor ficou bem acima do PIB nacional, que encolheu 0,2% no ano passado.
A queda na atividade do setor se deu principalmente nos três primeiros trimestres do ano, quando, devido à crise econômica, o PIB apresentou um recuo acima de 8%. Porém, nos últimos três meses de 2009 a construção civil teve uma recuperação forte, subindo 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O PIB negativo de 2009 quebra uma sequência de altas registradas pelo setor nos últimos anos. Em 2008, por exemplo, o PIB da construção civil cresceu 8,2%.
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